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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Década de sucesso, uma família feliz

Esse ano completa uma década que conheci a mulher da minha vida. O começo foi uma paixão fulminante, aos poucos descobri que a paixão na verdade era um amor sincero e puro.

Apesar do nosso amor, tivemos algumas dificuldades no inicio de nosso namoro, precisamos aprender a lidar com diferenças, ciúmes e a ter respeito um pelo outro.

Do instante de decidirmos nos casar até o casamento, se passaram 28 dias apenas. Algumas pessoas acharam que a Irys estava grávida, poucas acreditaram que dois jovens de apenas 23 anos, estudantes, estavam para se casar.

O casamento foi lindo e aconteceu graças aos muitos amigos que cultivamos durante a nossa vida, só para se ter uma idéia, a menos de 24 horas do casamento precisei achar um padrinho para o meu casamento. Recorri à um amigo, Felipe, que aceitou de prontidão.

O vestido foi emprestado, minha tia Vera ficou uma noite em claro arrumando a barra do vestido, veio de São Paulo só para isso. O bolo e comes foram feitos por algumas irmãs da igreja. A pianista Carol, falei com ela menos de uma semana do casamento.

Nos primeiros anos aprendemos muito um com os outros, brigamos, nos amamos, curtimos a vida a dois. Passamos por momentos de dificuldades e alegrias. Viajamos, namoramos, saímos para almoçar e jantar. Estava tudo muito lindo, aprendemos a planejar e ter as nossas coisas. Cada objeto ou conquista era comemorado. Nossa geladeira, TV.

Mas ainda faltava alguma coisa. Foi quando depois de mais de um ano tentando o fruto de nosso amor aflorou. Seu nome Gabriel. Nos fez pensar que não sabíamos nada, a dar valor um ao outro. Entender e se preocupar mais com a vida da família em vez de nós mesmos. Eu penso e digo que ter uma família é aprender a cada dia a ser mais humilde, aprender com seus erros e acertos, ser mais bondoso e cordial. Aprender a ouvir com atenção. Fazer muitas vezes à vontade da família em vez da sua. Aceitar as diferenças. Perdoar.

Com certeza a família faz com que nos tornemos pessoas melhores. Temos que criar a coragem para perguntar sempre: “O que posso fazer para te deixar mais feliz?”. Devemos sempre procurar orar um pelo outro, pedindo a Papai do Céu a sua proteção e benção.

Existe uma frase de Martinho Lutero que eu gosto muito que é: “Que a esposa deixe o marido feliz quando ele volta para casa, e que ele a deixe triste ao vê-lo partir”

Não que meu casamento possa servir de parâmetro para alguém, mas gostaria de deixar algumas dicas para um casamento ou relacionamento ter sucesso:

Iniciar cada dia com um beijo
Aceitar as diferenças
Sorrir com freqüência para o parceiro(a)
Conversar e planejar sobre o futuro
Demonstrar respeito
Incentivar
Cuidar da aparência
Perdoar
Trocar elogios
Recordar os bons momentos da vida em comum
Dizer: “Eu amo você”
Andar de mãos dadas

Tenho certeza que qualquer casal que seguir esses passos terá felicidade e sucesso em seu relacionamento.

Declaro para todo o mundo o meu grande amor pela minha família, minha esposa Irys e meu filho Gabriel. Hoje não me vejo no mundo sem eles por perto. Eles são o meu norte, meu alicerce para uma vida de sucesso, uma vida feliz.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nunca perca a oportunidade de pedir perdão

Gostaria de começar contando uma história que aconteceu comigo em 2002. Para entenderem melhor vou voltar até o ano de 2000.

Em 2000, morava em um república e chegamos ter sete membros morando juntos. Dos sete estudantes, tinha alguns que para mim era especial. Branca, Mineiro, Bum e o Tubaína eram os meus amigos mais chegados. Com o passar do tempo a república foi se desfazendo e acabamos formando uma nova república com apenas 4 jovens. Eu, Mineiro, Bum e Branca. Vivemos bons momentos juntos, mas no final de 2001 tive uma discussão e desilusão muita séria com o Mineiro. Com essa discussão tivemos a partilha da república. Fiquei morando com o Branca enquanto o Mineiro e o Bum formaram uma nova república.

Com isso, minha amizade com o Branca se fortaleceu. Contudo, não falava mais com os outros dois. Mesmo as vezes, quando nos cruzávamos nos corredores da faculdade não conversávamos.

No meio do ano de 2002. Em um torneio de futsal na Puc-Campinas, cheguei a discutir com um outro rapaz chamado Walter. Tinha ai criado mais uma inimizade. Por causa do orgulho não falava com nenhum dos três rapazes.

No último dia de trabalho de 2002, bem perto das festas natalinas, por volta das 3h da manhã recebi um telefonema do Branca, que morava na mesma cidade que o Bum me informando que infelizmente o Bum tinha acabado de falecer. Foi um baque, pois ele era jovem, cheio de saúde, brincalhão. Éramos bem parecidos, trabalhávamos na mesma empresa, tínhamos o mesmo nome, gostávamos quase das mesmas coisas. Só torcíamos para times diferentes e eu era mais bonito.

Fiquei sem saber o que fazer. Pensei comigo se deveria ou não ir ao enterro prestar uma última homenagem a uma pessoa que aprendi a gostar tanto. No mesmo telefonema, perguntei para o Branca o que ele achava que deveria fazer, lógico que estava me acovardando em tomar uma decisão e esperava que alguém dissesse para mim o que fazer nesta situação. Porém, para o meu desespero ele disse que somente eu saberia o que fazer. Não dormi o resto da noite.

Estava recém-casado e perguntei a minha esposa o que ela achava, ele me disse praticamente a mesma coisa. Entrei em parafuso. Tinha um rapaz que iria para a cidade dele por volta das nove horas da manhã, então não poderia ficar esperando muito para tomar essa minha decisão. Resolvi escutar o meu coração e fui até o enterro.

Na viagem até Vargem Grande do Sul fiquei pensando em várias palavras de conforto para passar para a família. Fui relembrando dos momentos de alegria que passamos juntos e nem vi a viagem.

Cheguei lá, descobri que tinha morrido também um outro jovem com ele. Foi uma batida de carro. Dizem as testemunhas que ele foi cumprimentar os frentistas de um posto e com isso virou um pouco o volante e bateu em uma quina de um muro. A força do impacto matou ele e o rapaz que o acompanhava.

Durante o funeral tudo ocorreu bem, seus familiares que me conheciam nem tinham me visto, sua mãe estava desconsolada. Foram horas complicadas. Mas o instante mais marcante que eu vive até hoje, e tenho certeza disso, pois sempre lembro da situação, aconteceu logo após enterrarem o caixão. Até então o seu pai não tinha derrubado uma lágrima.

Depois que o enterraram, sua mãe enfim levantou a cabeça e ao me ver, começou a andar para trás e apontar para mim e chorar. O pessoal da cidade, que não me conhecia perguntavam: "Quem é ele?", outros diziam: "Tirem-no daqui". E quando já me pegavam pelos braços foi que a mãe dele disse: "Não, soltem-no" e correu para me abraçar. Junto veio o Pai e a irmã (Paty). Sua mãe me abraçou muito forte e me fez um pedido que até hoje marca meu coração, ele me pediu: "Perdoe o meu filho, ele gostava muito de você". Seu pai começou a chorar e eu não tinha o que falar nem o que fazer. Afinal de contas, a briga nunca foi com ele.

Pedi perdão também e nos abraçamos muito.

Na viagem da volta só conseguia pensar na briga que tinha tido com o Waltão há menos de 6 meses. Resolvi no caminho de volta ainda que iria pedir perdão e desculpas para esse meu amigo, pois se acontecesse alguma coisa para ele ou para mim seria difícil.

Ao chegar em Campinas, liguei para o Waltão, conversamos e hoje está tudo bem entre nós. Depois de 3 anos acabei dando aulas para o irmão mais novo dele e hoje temos uma ótima amizade.

O que eu pude aprender dessa ocasião foi que não podemos perder as oportunidades que temos em pedir perdão, perdoar, fazer o bem, fortalecer as amizades. Essas coisas não podemos deixar para amanhã, temos que fazer quando temos as oportunidades, mesmo não sendo nós, os principais causadores dos problemas, devemos sim ser a solução mais rápida. Principalmente quando temos a oportunidade em nossas mãos.

"Quando praticar qualquer falta, procure remediá-la e não desculpá-la."
Duque de La Rochefoucauld

Abraço